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Na próxima semana a Câmara de Araras, por meio da Escola Legislativa e Comissão da Verdade, inicia a mostra de cinema “Marcas da Memória”. A mostra é constituída por filmes produzidos pelo projeto Marcas da Memória da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.

A atividade, que inicia no dia 13 de agosto e segue até dia 17 de setembro, tem objetivo de promover sessões gratuitas de filmes dedicados à memória e a reflexão crítica sobre os regimes de exceção vividos na América Latina, em especial no Brasil, e seus reflexos no presente.

A parceria com a Comissão de Anistia teve início em abril quando o presidente da Câmara, vereador Breno Cortella (PT) visitou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para apresentar o trabalho da Comissão da Verdade de Araras e pedir apoio na busca por documentos sobre a intervenção federal no município.  

Há mais de 10 anos a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça promove a reparação de violações a direitos fundamentais praticadas entre 1946 e 1988, configurando-se em espaço de reencontro do Brasil com seu passado, subvertendo o senso comum da anistia enquanto esquecimento. Em sua atuação o órgão reuniu milhares de páginas de documentação oficial sobre a repressão no Brasil e, ainda, centenas de depoimentos escritos e orais das vítimas.

Filmes

A primeira exibição será no dia 13 de agosto, quarta-feira, às 19h, no plenário da Câmara. Neste dia será apresentado o filme “Repare Bem”, documentário sobre a ditadura, por meio da história de três gerações de mulheres.

No dia 27 de agosto, às 19h, será exibido o filme “Duas Histórias”. O filme narra duas experiências diferentes, assim como eram as concepções políticas que orientavam a resistência à ditadura.

No dia 9 de setembro, às 19h, serão exibidos dois filmes. O primeiro será “Damas da Liberdade”, o qual conta a história de mulheres que lutaram pela anistia no Brasil nos anos de 1970. O segundo será “Vou contar para os meus filhos” que conta sobre reencontro, 40 anos depois, de 24 mulheres que foram presas em 1969 em Recife.

No dia 17 de setembro, às 19h, também serão exibidos dois filmes. O primeiro será “Em nome da Segurança Nacional”, o qual discute a doutrina de Segurança Nacional, eixo ideológico da ditadura implantada pelo golpe de 1964. O segundo será “O Fim do Esquecimento”, o qual aborda a tentativa das classes dominantes em promover o esquecimento dos fatos ocorridos durante a ditadura.

Mostra de Cinema “Marcas da Memória”

Dia 13 de agosto – 19h

“Repare Bem” (2012; 105 min; 10 anos)

Direção: Maria de Medeiros

Sinopse: Documentário sobre a ditadura, por meio da história de três gerações de mulheres.

Dia 27 de agosto – 19h

“Duas Histórias” (2012; 52 min; 10 anos)

Direção: Ângela Zoé

Sinopse: O filme narra duas experiências diferentes, assim como eram as concepções políticas que orientavam a resistência à ditadura.

Dia 9 de setembro – 19h

“Damas da Liberdade” (2012; 28 min; Livre)

Direção: Célia Gurgel e Joe Pimentel

Sinopse: Mulheres contam a história da luta pela anistia no Brasil nos anos de 1970.

“Vou contar para os meus filhos” (2011; 24 min; 10 anos)

Direção: Tuca Siqueira

Sinopse: Filme-memória sobre o reencontro, 40 anos depois, de 24 mulheres que foram presas em 1969 em Recife.

Dia 17 de setembro – 19h

“Em Nome da Segurança Nacional” (2012; 45 min; 12 anos)

Direção: Renato Tapajós

Sinopse: O filme discute a Doutrina de Segurança Nacional, eixo ideológico da ditadura implantada pelo golpe de 1964.

“O Fim do Esquecimento” (2012; 54 min; 12 anos)

Direção: Renato Tapajós

Sinopse: Aborda a tentativa das classes dominantes em promover o esquecimento dos fatos ocorridos durante a ditadura.